domingo, 27 de junho de 2010

Erros mais comuns

O comportamento dos pais é crucial na educação alimentar dos filhos

  • Mau exemplo
Se você não come salada, seu filho dificilmente o fará
  • Prêmio
Guloseimas não devem ser oferecidas como recompensa por um prato vazio
  • Castigo
A punição não é uma boa estratégia para incentivar a boa alimentação
  • Bronca
Hora de refeição não é momento para brigas: dessa forma, comer se torna um ato frustrante
  • Exagero
Lembre-se: porções para crianças são menores do que a dos adultos
  • Ruído
Refeições devem ocorrer em locais tranquilos, para que as crianças prestem atenção ao que ingerem
  • Sal
Evite salgar demais os alimentos, isso prejudica o paladar - o que pode provocar doenças no futuro
  • Alimento e amor
Não use a comida como forma de agradar seus filhos: prefira abraços e beijos
  • Falta de limites
Não troque o cardápio a cada vez que a criança disser que não gosta do que lhe é oferecido
Fontes: Maria Camila Borges Domingos, nutricionista da área de pediatria do Hospital Santa Catarina (SP); José Spolidoro, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (Sbnpe); Eurico Mendonça , endocrinologista do Hospital Infantil Sabará (SP); Fábio Ancona Lopez, nutrólogo e pediatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)


 

Quando as dobrinhas das crianças são perigosas

Foi-se o tempo em que a aparência rechonchuda e as dobrinhas exageradas dos bebês despertavam simpatia e vendiam saúde. Nas últimas três décadas, a obesidade infantil triplicou no país, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Só entre 2003 e 2008, o número de crianças com menos de cinco anos com sobrepeso cresceu quase 50%, de acordo com dados do Ministério da Saúde. "Trata-se de uma tendência mundial, e o Brasil a está acompanhando. Se não forem tomadas medidas de saúde pública, a situação só vai piorar", afirma Roberto Costa, diretor-científico do Centro de Estudos Sanny e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
As medidas pedidas pelo especialista para enfrentar o problema começam dentro de casa. Os pais devem zelar pelo cardápio adequado. A má alimentação provoca não só problemas para o dia a dia das crianças como também pode antecipar em até 20 anos complicações de saúde da fase adulta. Os problemas mais comuns são dermatológicos, ortopédicos, respiratórios e principalmente cardiovasculares.
Segundo estudo citado pelo Manual de Obesidade na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria, até 60% das meninas que sofriam de sobrepeso entre os cinco e os 12 anos se tornaram mulheres obesas entre os 30 e os 39. Por isso, atualmente os especialistas lutam para que a dieta das crianças gordinhas sofra alterações, com o objetivo de evitar alterações metabólicas e reduzir o risco de doenças futuras. "O diagnóstico precoce e a participação da família nesse processo são fundamentais", afirma Roseli Sarni, presidente do departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira da Pediatria.
Quando se preocupar - O momento mais propício para que a criança adquira hábitos alimentares perigosos ocorre após os dois anos de idade, quando ela começa a compartilhar das refeições da família. "É na fase pré-escolar que a criança passa a ter mais autonomia, a andar, comer sozinha e a se interessar por novas coisas: então, ela passa a desenvolver a seletividade e a rejeitar alguns alimentos", lembra Mauro Fisberg, pediatra e nutrólogo da Unifesp. "Por isso, um bom modelo familiar é fundamental, pois ele vai determinar o padrão de alimentação da criança". Saiba como promover hábitos alimentares saudáveis nas crianças e também como o comportamento dos pais define a qualidade do cardápio delas.
Outro fator importante está ligado ao desenvolvimento. A partir dos dois anos, o ritmo de crescimento da criança diminui bastante. "Ela passa, então, a se alimentar em menor quantidade. As mães, no entanto, acham que ela não está crescendo adequadamente e passam a oferecer mais e mais alimentos", diz José Spolidoro, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). Some-se a isso o fato de que é justamente nessa fase que o número de consultas ao pediatra diminui - uma vez que as doenças típicas dos dois primeiros anos desaparecem. Por isso, os especialistas recomendam duas visitas ao médico ao ano, para a prevenção da obesidade.
Camila 
Keiko, de 9 anosDo sofá para a natação - Bolachas, salgadinhos e principalmente frituras faziam parte do cardápio de Camila Keiko - que passava os dias diante da TV ou do computador acompanhada das guloseimas. Não demorou muito para que os reflexos da dieta nada saudável aparecessem na vida da menina: os exames apontaram taxas elevadas de colesterol. "Ela comia diariamente tudo o que fazia mal à saúde: era uma fritura por refeição", lembra a dona de casa Mitsue Cozoba, mãe de Camila. (Confira o valor nutricional de itens do cardápio infantil e ainda a importância das vitaminas para as crianças)
Diante do problema, a menina teve de alterar completamente sua rotina. Trocou as tardes sedentárias pela natação, e passou a comer frituras só nos finais de semana. "A vaidade dela falou mais alto: a barriguinha saliente impedia que ela vestisse algumas roupas", conta Mitsue. Não foi fácil empreender a mudança até o fim. "No início, ela pensou em desistir. Aparecia chorando, pedindo uma bolacha. Eu comprava e deixava guardada, escondida. Quando a vontade dela era muito grande, eu dava um pedacinho e falava que faltava pouco para chegar o fim de semana", conta a mãe.
Mitsue passou a preparar carnes grelhadas e a escolher com mais cuidado os itens do lanche que Camila leva para a escola. "Por ser uma criança, eu não podia obrigá-la a fazer uma dieta radical, cortando tudo de que uma criança gosta", afirma.
Hoje, aos nove anos, Camila mede 1,38m e pesa 37,5 quilos - mesmo valor que ela apresentava aos seis anos. Segundo Márcia Sanae Kodaira, coordenadora do pronto atendimento infantil do Hospital Santa Catarina, graças à reeducação alimentar, a menina já saiu do limite da obesidade, passando para o do sobrepeso - situação significativamente melhor. "O importante daqui para a frente é seguir com uma dieta saudável", diz Kodaira.
Fonte Revista Veja 

 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Dicas de Prevenção

Parquinhos

Como prevenir acidentes com crianças em parquinhos





Conheça os parquinhos , onde as crianças brincam. Procure equipamentos apropriados para a idade das crianças e verifique se os equipamentos estão enferrujados, quebrados ou contêm superfícies perigosas. Denuncie qualquer problema à escola ou ao órgão responsável




O parquinho dever ser instalado em piso que absorva impacto, como um gramado, um piso emborrachado ou areia fina. Jamais deve ser instalado em piso de concreto ou pedra;




Tire o capuz e o cachecol de todas as crianças para evitar perigos de estrangulamento nos parquinhos.

Ensine a criança





As regras de comportamento nos parquinhos, como não empurrar, não dar encontrões e nem se amontoar. Mostre quais são os equipamentos apropriados para a faixa etária dela;

Saiba mais

 




Crianças menores que brincam em equipamentos destinados a crianças mais velhas têm mais chances de sofrer algum tipo de acidente. Elas devem estar sob constante supervisão de adultos durante a brincadeira no parquinho.
 




As quedas, lesões de grande ocorrência nos parquinhos, representam a principal causa de hospitalização por acidente de crianças de 1 a 14 anos no Brasil.




Para mais informações, consulte a ABNT sobre a norma referente aos parquinhos.

domingo, 28 de março de 2010

TDAH - Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
 
Mais que indisciplina
A inquietação é característica de qualquer criança saudável que goste de brincar. Mas o excesso de agitação pode significar não apenas indisciplina, e sim um transtorno neuropsiquiátrico. Quando o indivíduo não consegue se concentrar em alguma atividade diária ou comete erros por descuido, está na hora de procurar um neuropediatra, neurologista ou psiquiatra. Esses comportamentos podem atrapalhar o desempenho nos estudos, no trabalho e na vida pessoal.
Tratamento compartilhado
O TDAH afeta todos aqueles que convivem com o portador da doença. Por isso, encará-la é o primeiro passo para o seu controle. Professores, psicólogos e médicos trabalham em parceria com a família para apoiar a criança ou o adulto em seu dia a dia, diminuindo os impactos que o transtorno pode acarretar em seu aprendizado e desenvolvimento social. O tratamento adequado, aliado à terapia medicamentosa, melhora a vida dos pacientes.
Médico, família e pacientes juntos
O melhor tratamento para as doenças neurológicas e psiquiátricas é aquele realizado com apoio e compreensão dos familiares e amigos do paciente, além de acompanhamento médico especializado e regular. Entender os impactos sociais e psicológicos nos pacientes com algum transtorno é essencial para controlar a doença e traçar ações que contribuam com a melhoria da qualidade de vida de todos os envolvidos. Para cuidar, é preciso vencer o preconceito.
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sexta-feira, 5 de março de 2010

Quem tem direito a vacina ....Mamãe fique de olho ....


Governo quer vacinar 62 milhões contra gripe A entre março e maio

 

Brasília, 26 jan (EFE).- O Ministério da Saúde anunciou hoje em comunicado que espera vacinar pelo menos 62 milhões de pessoas contra a gripe A entre 8 de março e 7 de maio, numa campanha que terá quatro etapas e termina antes da chegada do inverno.
Nestas fases, a vacinação será voltada a trabalhadores do sistema de saúde, indígenas, grávidas, pessoas com doenças crônicas e obesidade grau 3 (antiga obesidade mórbida), crianças de 6 meses a 2 anos e adultos de 20 a 29 anos.

Entre 8 e 19 de março, serão vacinados os trabalhadores do sistema de saúde e indígenas. De 22 de março a 4 de abril, será a vez dos doentes crônicos e das crianças de 6 meses a 2 anos.

Em seguida, entre 5 e 23 de abril, a campanha chega aos adultos de 20 a 29 anos. A última etapa, de 24 de abril a 7 de maio, coincide com a campanha de vacinação contra a gripe comum e tem como alvo os idosos.

Segundo o Ministério, os idosos que tiverem doenças crônicas também serão vacinados contra a gripe A.

As gestantes poderão ser vacinadas entre a segunda e a quarta etapas.

Com isso, parte das 83 milhões de doses da vacina para a gripe A compradas pelo Ministério da Saúde ficará reservada para o caso de "alterações epidemiológicas ao longo do inverno e eventual necessidade de ampliar o público-alvo", diz a nota.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou em entrevista coletiva que esta campanha de vacinação será "será o maior desafio já enfrentado pelo Programa Nacional de Imunização" devido a sua complexidade.

"Estamos protegendo os grupos mais frágeis e aqueles que têm maior risco de adoecer e morrer", explicou.

Segundo o Ministério, o objetivo da vacinação em massa é manter os serviços de saúde em funcionamento e reduzir o número de casos graves e falecimentos, e não conter a disseminação do vírus A(H1N1), já presente em 209 países.

Na primeira onda da gripe A, as autoridades registraram 1.705 mortes e 39.679 casos de doença respiratória grave decorrentes do vírus A(H1N1). EFE mp/bba

 

 

 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Fuja do filhocentrismo

A vida familiar transformou-se radicalmente.
Pais e filhos encontravam-se três vezes ao dia,
no caso dos papais, ou viam-se o dia todo, no
caso das mamães. Agora é tudo diferente
Edgar Flexa Ribeiro
Ilustração: Will
A cena é costumeira. A mãe vai ao shopping center trocar um vestido e não ousa voltar para casa sem um brinquedo novo para o filho. O pai, por sua vez, sente-se na obrigação de pôr em casa tudo o que a TV sugere que as crianças deveriam ter. E o faz na certeza de que seus filhos serão felizes se ele assim proceder. Essa mamãe e esse papai, que tanto fazem, e trazem, para agradar à criança ou às crianças que têm em casa, podem estar mais errados do que certos — sobretudo quando essa meninada tem mais brinquedos do que conseguem usar. Casos assim estão se tornando freqüentes e já podem ser catalogados como uma deformação contemporânea: o filhocentrismo, forma nova e pouco saudável de agir na educação de um filho.
Restam até hoje em nossa memória resquícios de um Brasil passado, que surge em nosso retrovisor povoado de virtudes que não encontramos mais: vida tranqüila e previsível, cidade acolhedora, a casa onde todos se reuniam em volta da mesa ao menos uma vez por dia, a presença do pai e da mãe, e todos sabendo o que devia ser feito. Num curto período tudo virou de cabeça para baixo. Inverteu-se a relação entre população rural e urbana, as cidades incharam, as relações econômicas se alteraram e, sobretudo, a mulher ingressou no mercado de trabalho. Em decorrência, a estrutura social e a vida familiar transformaram-se radicalmente. Pais e filhos encontravam-se três vezes ao dia, no caso dos papais, ou viam-se o dia todo, no caso das mamães. Agora é tudo diferente.
O filhocentrismo guarda parentesco distante com a superproteção, mas é importante saber distingui-los. Pais superprotetores sempre houve, incapazes de um mínimo de objetividade, preferindo passar a mão na cabeça do pimpolho. Semeiam ventos, e geralmente são os filhos superprotegidos que colhem tempestades. As vítimas do filhocentrismo são figuras mais recentes, inseguras na sua condição de pais, atordoadas por uma realidade sempre nova, sentindo-se pessoalmente culpadas por não poder reproduzir para o filho a vida que tiveram em criança.
As ações de ambos podem ser exteriormente parecidas, ou até as mesmas. Mas os filhocêntricos se anulam e se vêem incapazes de lidar com o dever de dizer não ao filho, de estabelecer limites, de sinalizar o espaço da criança a partir de seu próprio espaço de pais, pois incineram a própria identidade sob o pretexto de amar a criança desenfreadamente. Esses negam aos filhos sua própria imagem de pai. Também conspiram contra a construção da identidade dos filhos. É visível na sociedade atual uma saudável preocupação com as crianças. Protegidas com especial cuidado pelo Código Nacional de Trânsito, cercadas de toda sorte de atenções, talvez, como nunca no passado, elas sejam vistas hoje como elo entre nós e o futuro. Um eloqüente sinal disso é que finalmente a educação extravasa dos discursos oficiais para se transformar numa preocupação cotidiana e concreta.
Mas, quando a criança passa a ser a única razão de ser do casal e atender o pequerrucho sempre, sem limites, passa a ser uma fixação, estamos lidando com algo muito diferente. Não se está propondo que pais abandonem os filhos, ou seja, que esqueçam que lá em casa tem alguém que precisa de atenção. De forma alguma. Quer-se aqui apenas sugerir aos pais que mantenham uma vida própria e zelem por ela. Até para que seus filhos saibam fazer o mesmo quando chegar a hora deles.
Edgar Flexa Ribeiro é advogado e diretor do Colégio Andrews, do Rio de Janeiro

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A escola do meu filho

8 princípios antes de matricular
a criança no colégio. E 1 depois
de ter feito a escolha

Escolher a escola em que matricular o filho é decisão das mais complexas que os pais tomam. Já seria difícil se os colégios ficassem encarregados de, em conjunto com os pais, orientar as crianças apenas nos chamados aspectos pedagógicos, ou seja, ensinar. Mas é cada vez mais importante o papel da escola na construção partilhada dos valores morais dos pequenos. Quanto mais complexa se torna a função dos colégios, mais tensos ficam pai e mãe quando chega a hora H de reservar a vaga. Para ajudá-los na dura tarefa, VEJA procurou especialistas do setor e levantou uma lista de princípios recomendados por quem entende do assunto. São eles:


• Você tem o direito de errar. Pode parecer estranho, mas alguns especialistas insistem nesse ponto como o mais importante. Uma coisa é a obrigação de selecionar a escola na fase de alfabetização, lá pelos 6 ou 7 anos, em que um erro pode significar um razoável prejuízo. Muito diferente é matricular seu filho na pré-escola, aos 2 anos de idade. A criança irá freqüentar um estabelecimento cuja principal tarefa é acolhê-la com carinho e segurança na fase em que ela precisa aprender o que significa sair de casa todos os dias e quais são os princípios do convívio social. Se não der certo, é possível trocar de colégio no meio do ano. Seu filho não perderá nada com isso. Evidentemente, é importante saber que parte dos bons estabelecimentos de ensino prestigia aqueles que matriculam o pequeno já no maternal. A vantagem para a criança, no caso, é livrar-se da obrigação de se submeter a um teste na fase de alfabetização.


• Prefira um colégio perto de casa. Para quem vive numa cidade grande, não faz sentido obrigar a criança a permanecer quarenta minutos ou mais dentro do carro para ir de casa à escola e depois mais quarenta minutos para voltar. É pouco provável que o bairro onde vocês morem ou os bairros próximos não ofereçam um bom estabelecimento de ensino. Alguns pais mais preocupados chegam ao cúmulo de escolher o imóvel onde vão morar de acordo com a localização da escola do filho.


• Fuja das promessas. Existem na praça muitas escolas prometendo acelerar o desenvolvimento das crianças. Como há uma superoferta de pré-escolas, a disputa muitas vezes ultrapassa o limite ético e descamba para a propaganda barata. Como se aquela escolinha da esquina tivesse tido acesso a um estudo fabuloso que revoluciona o ensino mundial e que, por milagre, foi entregue só para ela. Fuja! Os pequenos não estão preparados para aprender da mesma forma que os mais velhos. Idealmente, a pré-escola deve ser apenas um ambiente seguro e estimulante supervisionado por adultos preparados.


• Olho nos preços. Procure uma escola cuja mensalidade se adapte com conforto a sua realidade financeira. Escolas caras demais acabam produzindo, cedo ou tarde, algum dissabor, e o principal deles, relatado pelos especialistas, é que a criança e os pais tendem a se sentir deslocados no ambiente. Pode acontecer o oposto, o que também contém aspectos negativos: seu filho se encanta com a escola, mas precisa abandoná-la por razões de ordem econômica. Saiba que a mensalidade descrita no carnê muitas vezes não expressa o custo real do colégio. Somando-se a matrícula e o custo indireto com material didático e passeios, a despesa anual pode aumentar em até 25%. Faça as contas com cuidado. Para isso, jogue limpo e peça todos os números na secretaria. Diga que você não quer levar sustos. É a melhor solução.


• Escolha o perfil da escola. Você prefere colégio grande ou pequeno? Quer que seu filho concentre todas as atividades num só lugar ou acha melhor que ele faça esportes em outros locais? Há estabelecimentos em que na pré-escola os alunos de idades diferentes são divididos por faixa etária. Noutros, são postos numa mesma sala. Um exemplo é a Escola Pacaembu, em São Paulo, onde os pequenos se reúnem em classes coletivas, chamadas de multisséries. "A idade cronológica não deve ser o único referencial para definir o desenvolvimento da criança", diz a educadora e proprietária da escola, Vera Lúcia Lisboa Bonafé. Há outros colégios usando esse método.

• Não se envolva em questões pedagógicas. A maior parte das escolas se guia pelo construtivismo, que considera as crianças prontas a aprender a partir da própria realidade, sem o auxílio de cartilhas especiais. Mesmo os estabelecimentos que oferecem variações pedagógicas não escapam muito desse modelo. O que diferencia o colégio, além da tradição e da seriedade do corpo docente, são o espaço, a disciplina e a infra-estrutura que oferece.


• Procure referências. Parentes e amigos costumam ser bons indicadores. Contam a experiência que tiveram com seus filhos, os resultados e o que se vai encontrar na escola. Também se recomendam a pesquisa em sites especializados e a análise de rankings, grande instrumento de aferição da qualidade dos colégios.


• Visite a escola mais de uma vez. É fundamental ler o que for possível sobre o estabelecimento onde pretende matricular a criança, mas jamais deixe para outros a tarefa de escolher o melhor colégio para ela. Itens que podem ser esclarecidos durante uma visita pessoal: qual é a taxa de renovação dos professores e há quanto tempo o professor mais antigo está trabalhando na escola? Se a taxa for alta e o professor mais antigo estiver lá há apenas dois anos, atenção. Alguma coisa pode estar errada.


• Fique atento, mesmo depois de escolher. Na maior parte do tempo em que ficam na escola, as crianças permanecem brincando. Uma das grandes diversões desse período é voltar para casa com presentes iguais àqueles que fazíamos para nossos pais. São pentes com pompons, espelhos de cartolina e pesos de papel de todos os formatos e materiais. Falta lugar para guardar tudo. Quando a escola é boa, a criança se diverte a ponto de querer voltar no dia seguinte. Se seu filho mostrar qualquer sinal de desapontamento com a escola, fique de olho. E essa é a regra número 1 após a seleção do colégio. O sossego da decisão acertada é a eterna vigilância. Participe das reuniões de pais, pergunte a seu filho se ele está satisfeito, vá às festas e eventos sociais. Seu trabalho está apenas começando.